ANGELA ALONSO
Projetos de pesquisa recentes
Atual
O Linchamento: Violência Política Transnacional
Este projeto de pesquisa visa realizar uma análise microsociológica da letalidade política, tomando como estudo de caso um assassinato político no interior de São Paulo, em 1888. O caso foi escolhido por duas razões. De um lado, trata-se de um evento paradigmático de violência política transnacional, ocorrido no Brasil sob liderança de dois ex-confederados dos Estados Unidos. De outro lado, este estudo de caso permite explorar dimensões analíticas críticas no campo da sociologia política: 1) a circulação transnacional de estilos de violência política; 2) a relação entre violência política e hierarquias sociais; 3) a assimilação de episódios de violência política à memória nacional; 4) os mecanismos sociais operantes em episódios de violência política letal e a lógica dos conflitos políticos que desembocam na violência política extrema, o assassinato do oponente.
2020-2021
Documentário "Ecos de Junho"
Longa metragem produzido em parceria com Arapy Produções e Rede Globo, focalizando o ciclo de protestos de junho de 2013. Integrantes: Angela Maria Alonso (coordenadora), Rafael de Souza, Hellen Guicheney, Viviane Brito de Souza, Lilian Sendretti Rodrigues Macedo, Veronica Tavares Freitas, Pedro Rebucci de Melo.
2018-2020
A Política das Ruas: Protestos em São Paulo de Dilma a Temer
O projeto focaliza três ciclos nacionais de protesto, desencadeados a partir do primeiro governo Dilma e que se desenrolaram desde junho de 2013 até o impeachment da presidente, em agosto de 2016. Integrantes: Angela Maria Alonso (cordenadora), Rafael de Souza, Viviane Brito de Souza, Lilian Sendretti Rodrigues Macedo, Thaíla Mateus da Silva, Veronica Tavares Freitas.
2017-2020
Junho de 2013: o começo do avesso
Uma série documental de 6 episódios de 26 minutos cada focalizando a onda de protestos iniciada em junho de 2013. O documentário, em parceria com a Arapy Produções, produtora independente comandada por Paulo Markun, parte da pesquisa que estava em curso no CEBRAP (com financiamento Fapesp) e do acervo da agência France-Presse. Integrantes: Angela Maria Alonso (coordenadora) Rafael de Souza, Viviane Brito de Souza, Lilian Sendretti Rodrigues Macedo.
2012-2015
O abolicionismo como movimento social
O projeto investiga a abolição da escravidão no Brasil do ângulo da sociologia política, argumentando que se trata do primeiro movimento social brasileiro. Trata-se de complementação de pesquisa anterior.
2009-2012
Circulação de Ideias e Estratégias da Ação do Movimento Abolicionista Brasileiro
Esta pesquisa visa produzir uma explicação abrangente acerca do movimento abolicionista brasileiro a partir de dois ângulos. De uma parte, argumenta que o fenômeno tomou a forma de uma rede social, que articulava atividades no parlamento, mobilizações da sociedade civil e as rebeliões escravas. De outra, investiga o modo pelo qual se processou a transferência e adaptação de ideias do repertório abolicionista internacional para o movimento abolicionista brasileiro, e como a tradição nacional condicionou esse processo. Supõe-se que algumas lideranças abolicionistas funcionaram como articuladores em ambos os processos, conectando, de um lado, espaço público e instituições políticas e, doutro, as arenas local, nacional e internacional de ativismo abolicionismo.
Grupos de Pesquisa
Centro Brasileiro de Análise e Planejamento - CEBRAP
O NIPOMS agrega cientistas sociais dedicados ao estudo da política de rua em sua interface com as instituições políticas e judiciais. Suas pesquisas em andamento focalizam eventos de protesto, movimentos sociais, violência política e as respostas estatais que suscitam.
O NIPOMS construiu e alimenta periodicamente o BEP-Cebrap, um banco de eventos de protesto ocorridos no Brasil a partir de 2013.
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq
Este grupo focaliza as interações conflitivas entre atores coletivos em torno da direção sociopolítica da sociedade, com atenção tanto para conjunturas contemporâneas, como para processos de longa duração. Trata-se de investigar a interação entre autoridades sociopolíticas, instituições formais, de um lado, e, de outro, processos de organização política e manifestações públicas de dissenso, sobretudo na forma da mobilização de rua.